Estima-se que o oráculo de Delfos tenha começado a funcionar ao fim do segundo milênio antes de Cristo, isto é, entre 1200-1100 a.C. , tornando-se célebre, entre tantas outras coisas, por ter previsto o fim do reino da Lídia e eternizando-se para sempre ao ser citado na peça de Sófocles “Édipo Rei”, onde informa ao personagem central que ele “mataria o pai e casaria com a própria mãe”. Não houve grego famoso naqueles quase mil e quinhentos anos de prática da vidência, que não lhe fizesse uma visita, tentado averiguar que futuro os aguardava. Fazem parte da sua galeria ilustre uma boa quantidade de generais e conquistadores, inclusive os comandantes romanos que ocuparam a Grécia no século II a.C. Consta que, depois da sua quase destruição ocorrida no século VI a.C., quando o templo foi reconstruído com dotações pan-helênicas, coube ao imperador Nero submeter o oráculo de Delfos e suas cercanias a um saque que lhe rendeu mais de 500 estátuas levadas depois para Roma.
O local foi fechado finalmente pelo imperador Teodósio, em 385, quando o Cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano e o Paganismo passou a ser perseguido.
Porém, Delfos já se encontrava em total decadência bem antes de ser definitivamente fechado. Quando o imperador Juliano, o Apóstata (331-363), mandou fazer uma consulta ao oráculo, dizem que a resposta enviada a ele pelos sacerdotes que ainda ali restavam foi:
“Diga ao rei isso: o templo glorioso caiu em ruínas; Apolo já não tem um teto sobre a sua cabeça; as folhas dos lauréis estão silenciosas, as fontes e arroios proféticos estão mortos.”
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