Hoje, quando personalidades de projeção internacional advertem que a questão dos alimentos pode conduzir a uma crise econômica mundial, é bom lembrar que um dos primeiros (senão o primeiro) a alertar para essa possibilidade não foi um respeitado economista ou algum governo de maior importância: foi Fidel Castro.
Aliás, este foi o motivo que o levou a se manifestar contrário aos projetos de bio-combustíveis, numa proclamação espantosa, que se chocou com os interesses do governo brasileiro e, senão esfriou, pelo menos amornou, suas relações com o governo Lula.
Falo que sua proclamação foi espantosa porque sendo Cuba, como é, grande produtora de cana de açucar, seus interesses econômicos haveriam de levá-la a apoiar (e se beneficiar) do projeto Eutanol. Colocar-se contra o projeto, pareceu ser uma decisão incoerente e incompreensível.
Como Fidel há muito não é levado a sério (na verdade, ele é ridicularizado), ninguém se preocupou com seu alerta e a imprensa internacional eximiu-se de amplificá-lo. Somente quando outros, mais "respeitáveis", passaram a falar a mesma coisa, foi que o mundo parou pra ouvir.
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