Pois é, Maiakowski, não estamos alegres, é certo ...
mas será que, por isso, precisamos nos tornar parceiros do desalento?
Somos, por acaso, neófitos, no rugir das tempestades?
Não é certo que já aprendemos que em tudo há sempre um eterno porém?
E que a força que nos arrasta para o fundo é, quase sempre, a mesma que nos traz de volta à superfície?
Sigamos, pois, em frente,
com os olhos desnudando a paisagem ...
o coração pulsando forte ...
o sangue entumescendo a vontade ...
os pés deixando rastros firmes na areia ...
a voz reafirmando, sem farsas, o homem que somos...
Que venham as tempestades...!
Haveremos de rompê-las ao meio,
como a quilha de um navio rompe as ondas.
- Alvaro Rodrigues (julho/2008)
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