domingo, 4 de maio de 2008

Orfandade

Hoje eu voltei, de novo, ao local onde, pela última vez, olhei para os seus olhos fechados, que não mais me podiam ver.
Hoje eu fui lá, lembrando aqueles terríveis momentos em que sua cor, devagar, foi tomando o tom mais triste de nosso irreversível adeus.
Hoje eu estive lá, e me sentei diante daquele mármore, vergado sob o peso da imensa orfandade que carrego em meu peito, desde a nossa despedida.
Hoje eu voltei lá, para lhe repetir o que lhe disse quando a levaram de mim:
Mãe querida, até um dia!

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