terça-feira, 4 de novembro de 2008

Poema egípcio

 Até onde se sabe, foi no período do Novo Império que surgiram os primeiros poemas de amor egípcios. Evidentemente, eles não tinha a forma lírica que nós conhecemos, nem eram rimados. Talvez tivessem um "ritmo", mas é difícil saber, porque desconhecemos qual era a pronúncia real da língua.
A linguagem era simples e direta, retratando a fala de um ou outro dos amantes, ou de ambos alternadamente, ou ainda de uma terceira pessoa, o "poeta". O poema seguinte, escrito por volta de 1300 a.C.,  faz parte do Papiro Harris 500, guardado no British Museum:

 
Ele:
É uma bebida inebriante para mim o ouvir a tua voz,
oh, magnífica do meu coração.
Vem. É a hora da eternidade que nos chega.

Ela:
Meu coração fica em suspenso quando estou em teus braços,
oh, dono do meu corpo,
e tu fazes aquilo que se espera.
Oh, sim, é doce a hora da eternidade.

   

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
angel disse...

Vê-se que o amor sempre foi e sempre será inspirador.
Muito legal o seu blog. Voltarei sempre para ler. Adorei também o que escreveu sobre Clarice Lispector.
Angela