Guiado por "sábios" de diferentes épocas, que o ajudam a cimentar a estrada da auto-desvalorização, o homem, exigente e intolerante para consigo mesmo, se culpa por não alcançar a Luz divina. E conclui que não a alcança por força de seus "pecados". Então, tenta redimí-los, na forma de sacrifícios e oferendas a quem, em princípio, disporia do poder de perdoá-lo e limpá-lo de suas iniqüidades.
Aqui e ali, surge alguém em quem muitos reconhecem uma resposta cósmica às suas súplicas. Há quem vá mais além, admitindo estar diante do próprio Deus encarnado. Esses homens dizem e fazem, mas disso pouco se preserva, soterrado pela teologia que se ergue em torno de sua vaga lembrança.
Houve um tempo em que um homem, chamado Jesus, viveu sobre a face da Terra. Seus pósteros chamaram-no de "Cristo".
A História, que é uma ciência, busca saber e entender quem foi Jesus e o que ele fez. Quanto ao Cristo, ela nada pode ou ousa dizer, porque ele não pertence ao mundo onde a Ciência garimpa conhecimento. Seu lugar é no interior do Homem, protagonista de um processo espiritual, que busca capturar um sentido transcendente para a vida e desvendar os mistérios de seu próprio destino.
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